Michael Jackson foi assassinado por uma conspiração envolvendo as empresas Sony Music, gravadora de Michael, e AIG, que administrava a carreira do "rei do pop" quando ele morreu, em junho de 2009. Esta é a alegação do pai do astro, Joe Jackson, e do amigo da família Leonardo Rowe, que escreveu o livro O Que Realmente Aconteceu com Michael Jackson, O Rei Do Pop. Jackson e Rove concederam uma entrevista coletiva nesta quinta-feira, em São Paulo, para o lançamento do livro no Brasil, antes mesmo de ser lançado nos Estados Unidos.
Como tudo que envolve Michael e sua morte, a passagem do pai pelo Brasil virou um verdadeiro "circo" da imprensa. Na coletiva, Sabrina Sato, do Pânico na TV, roubou a cena, fazendo perguntas a Joe no seu inglês "macarrônico" e pedindo para ele dançar o "moonwalk". Desajeitado, o pai de Michael levantou e tentou fazer o famoso passo de dança. No final, ela deu um beijo no rosto dele.
Acostumado a lidar com perguntas embaraçosas, Joe foi "liso" nas respostas, falando em tom de voz baixo. Perguntado se batia no filho quando ele era criança, respondeu: "nunca bati no Michael nem em ninguém. Claro que dava umas palmadas quando meus filhos se comportavam mal, mas nunca bati nele de verdade. Acho que fiz um ótimo trabalho criando meus filhos". Sobre ter sido impedido pela Justiça americana de opinar sobre a administração dos bens deixados pelo astro, ele disse: "eu tenho o meu trabalho, aliás, tenho dois empregos do momento, não preciso desse dinheiro. Mas eu quero ter o direito de opinar, porque as pessoas envolvidas com Michael fizeram isso para ter o controle sobre a expressão dele."
Sobre o disco Michael, que será lançado em dezembro, Joe também não poupou criticas. Irmãos de Michael disseram que em algumas músicas não é a voz do astro, e sim de um imitador. "As músicas não tem só o Michael cantando, tem outras vozes. Ele ainda não havia completado essas músicas, isso está sendo lançado apenas para ganhar dinheiro", afirmou.
Joe disse ainda que o doutor Murray "violou as leis médicas" ao administrar o potente anestésico Propofol a Michael em casa. "Ele não tinha a permissão para fazer o que fez, mas outros tinham conhecimento disso", afirmou. "Esse medicamento só poderia ser administrado no hospital, com a supervisão de um anestesista. Mas o Dr. Murray não era o único a ter conhecimento dos remédios que Michael tomava. Na época, não sabíamos que estavam dando essas drogas a ele", completou Rove.
A base das alegações de Joe e Rowe é a que o testamento oficial assinado por Michael é falso. "Fizemos uma investigação independente, que começou quando um dos irmãos de Michael me ligou dizendo que Michael não estava em Los Angeles no dia em que o testamento foi assinado, ele estava em Nova York. A assinatura dele é falsa. O nome dos filhos dele está escrito errado no testamento. Qualquer um que precisasse chegar ao Michael tinha que passar pelos seguranças, e eles disseram que ninguém foi até ele no dia que consta no testamento. Michael mantinha cópias de tudo, e não foi encontrada uma cópia do testamento com ele", afirmou o autor do livro.
Ele disse que todos que cercavam Michael nos últimos meses de vida eram pagos pela AIG, inclusive o advogado que formulou o testamento. "Na época eu não entendi direito o que aconteceu. Michael não queria que filmassem os ensaios de This is It, mas o filme foi lançado. Nos últimos meses, todos que estavam ao redor de Michael, inclusive o Dr. Murray e o advogado, estavam recebendo compensações da AIG. Eu era a única pessoa próxima dele que não estava recebendo dinheiro da AIG. Então me lembrei de algo que Michael me disse em 2004: 'eles me matariam para ter os direitos de publicação'. Michael era dono dos direitos de publicação de diversas músicas, inclusive dos Beatles, que valiam milhões. Ele estava convencido que podiam matá-lo por isso. Acredito que foi uma conspiração feita por um grupo de pessoas, assim como fizeram com Martin Luther King ou John Kennedy, jogaram a culpa num bode expiatório", disse Rowe.
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